domingo, 29 de março de 2009

Novo presidente da Fatma reabre visitação ao Parque e estuda investimentos com o Comando da Polícia Ambiental



Os representantes de todas as comunidades da região da Serra do Tabuleiro ressentiram-se da ausência do secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Onofre Agostini, na cerimônia de assinatura da Lei 347/08, pelo governador Luiz Henrique da Silveira. O secretário estava em viagem de trabalho, mas enviou um representante, o novo presidente da Fatma (Fundação do Meio Ambiente), Murilo Flores.

Agostini é considerado pelos moradores do Parque da Serra do Tabuleiro como um dos pensadores do projeto e foi imprescindível na sua elaboração. “Sem a sua participação mediadora e incentivadora, o projeto não teria sido possível”, afirma Renato Sehn.

Sehn disse que Flores levou para a Fatma uma nova visão de utilização das unidades de conservação, com mecanismos de sustentabilidade. Dessa forma, as pessoas que estão inseridas no contexto do Mosaico criado com a nova lei terão condições de usufruir dos benefícios, por exemplo, da maior indústria limpa que existe, que é a do turismo.

Murilo Flores falou a respeito da nova administração na Fatma, o que pensa sobre ecologia, desenvolvimento sustentável e convivência harmônica do homem com a natureza. Em todo o mundo, disse ele, os parques são uma grande oportunidade econômica, uma grande oportunidade para o turismo nos municípios. Flores visitou vários parques e locais turísticos em dezenas de países.

Disse o presidente da Fatma:
“Somente no parque Yelowstone, nos Estados Unidos, visitam 3 milhões de pessoas por ano. O parque tem um raio de influência de 200 quilômetros, que dinamizam a economia, criando hotéis, pousadas, restaurantes, bares, postos de gasolina. O mundo todo é assim. Na Costa Rica, toda a sociedade está preparada para receber pessoas em seus parques. O turismo ecológico representa 9% do PIB do país.

Portanto, um parque não é necessariamente um problema. Um parque pode ser, na realidade, uma grande solução. Infelizmente o nosso Parque do Tabuleiro está parado, fechado, mas neste momento o coronel Rodrigues, da Polícia Ambiental, está me aguardando lá, e nossa equipe, porque vamos estudar o investimento que vamos fazer ali.

Vamos investir nos sete parques que nós temos no Estado e o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro vai ser modelo. Não só por ser maior, mas também por sua localização especial na rota turística dos parques. Já determinei à diretoria da Fatma que cuida do Parque, para que abra imediatamente os programas de visitas, mas, mais do que isso, precisamos fazer uma dotação urgente de recursos, trilhas, áreas para educação ambiental e várias ações que atraiam a população e ajudem a todos os municípios que estão no seu entorno, que fazem parte do Parque, para que se beneficiem de sua existência.

Esse é o nosso propósito. O governador Luiz Henrique da Silveira, quando insistiu na minha troca de posição dentro do governo, me colocou esse desafio de fazer com que a Fatma seja realmente um instrumento de implantação da política ambiental do estado. Acima de tudo, fazer com que a economia do estado atraia as oportunidades que o meio ambiente lhe oferece. Nós estamos fazendo exatamente o que chamamos de economia ambiental. E Palhoça e os demais municípios da região, que têm parte do Parque em seu território, serão os principais beneficiados com esta regulamentação.

Cumprimento a todos, pelo esforço de todos, por sua dedicação, por estar finalmente definido o Parque do Tabuleiro e por saber que o resultado foi uma parceria entre cada prefeitura e com a Assembleia Legislativa para que se tornasse uma realidade.